Top 10 razões pelas quais a Finlândia tem o melhor sistema de educação do mundo

Apesar de ser quase impossível apontar as escolas de uma única nação como as melhores do mundo, um país que consistentemente tem excelente desempenho nos exames do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, PISA, para matemática, leitura e ciência, pode aparecer como surpresa para muitos. A Finlândia, uma minúscula nação de 5.5 milhões de pessoas, consistentemente fica entre os 5 melhores nestas categorias, fazendo dela a melhor executante educacional na Europa e uma das mais fortes do mundo.

Este forte desempenho levou muitos educadores a examinar as escolas da Finlândia para tentar discernir o segredo. Nesta seleção estão em destaque as 10 razões pelas quais a Finlândia tem o melhor sistema de educação do mundo.

As crianças têm um começo sólido

Uma das razões que explicam as escolas finlandesas serem capazes de desempenharem tão bem é que as crianças no país vão para a escola com uma base sólida. O governo finlandês tem inúmeros apoios para ajudar as famílias, começando com sua famosa “caixa de bebê” contendo roupas, livros, e outros suprimentos para bebês ao primeiro ano, que é fornecido sem custo a todas as mulheres grávidas na Finlândia.

 

Professores de alto nível com treinamento extensivo

Na Finlândia, o ensino é visto como uma carreira muito desejável; os professores são muito bem vistos, assim como outros profissionais mais respeitados, como advogados e médicos. Um mestrado baseado em pesquisa, totalmente pago pelo governo finlandês, é um pré-requisito para a posição de ensino, e a competição para ser aceito nos melhores programas de ensino pode ser feroz. A exigência de mestrado significa que os professores do país geralmente têm entre 5 e 7.5 anos de preparação educacional para seus papéis antes que sejam responsáveis por liderar sua própria sala de aula.

 

Altos níveis de autonomia do professor

Tendo uma força de ensino composta dos melhores e mais brilhantes, extensivamente formados para seus papéis, torna fácil para o governo finlandês, e sociedade, conceder aos professores uma grande autonomia em suas salas de aula. Os professores recebem uma grande quantidade de latitude para testar abordagens inovadoras no ensino.

 

Fundos amplos para ajudar os estudantes com dificuldade

Um dos fatores que ajudam as escolas finlandesas a ter desempenho tão bom é o foco nacional em atingir a igualdade, entre as escolas e entre estudantes. Quando os alunos têm dificuldade, o país é rápido em oferecer recursos para ajudá-los a acompanhar, um objetivo que os professores abraçam. Quase 30% das crianças finlandesas receberão algum tipo de ajuda extra antes do ensino médio.

 

Os professores não ensinam para exame (porque não há um exame)

Apesar do fato que as crianças finlandesas rotineiramente alcançam melhores resultados em testes de matemática e leitura internacionais, o exame padronizado não é parte do sistema educacional finlandês. O único exame padronizado obrigatório para os estudantes do país vem no final do último ano do ensino médio. Antes disso. Pode haver testes opcionais a nível distrital, mas os resultados não são tornados públicos e eles não são enfatizados pelos professores, escolas, pais ou mídia.

 

As crianças começam a escola tarde

As crianças na Finlândia não começam a escola até a idade de 7 anos, embora a pré-escola quase universal comece aos 6 anos. Claramente, as creches subsidiada de alta qualidade e opções pré-escolares significam que mesmo embora as crianças do país iniciem a escola tarde, elas começam informalmente aprendendo e se preparando para a escola muito mais cedo. No entanto, antes dos 7 anos de idade, a ênfase está na aprendizagem experimental, através de brincadeiras e movimentos.

A alegria e brincadeira são parte do currículo

Cada escola finlandesa tem uma equipe de bem-estar dedicada a promover a felicidade infantil na escola. Além de classes de padrão em linguagem, matemática, e ciência, as crianças frequentam uma ampla gama de aulas adicionais em segundas línguas, música, ética, entre outros.

Entre as aulas, as crianças são enviadas para fora durante 15 minutos para brincadeira livre, até 4 vezes por dia, sem depender do tempo. Os professores da nação e pais enxergam estes passeios sem estrutura como uma parte necessária do processo de aprendizagem.

 

Todos frequentam escola pública

Um dos aspectos mais incomuns, e alguns diriam mais negligenciados do sistema educacional finlandês é a participação quase universal das escolas públicas. Há muitas poucas escolas independentes no país, e até aquelas são publicamente financiadas e proibidas de cobrar mensalidades.

Pasi Sahlberg, um funcionário do Ministério da Educação finlandês aponta que este fator, assim como a tendência cultural finlandesa de valorizar a cooperação, ao invés da competição, como uma das razões que explica as escolas do país ser tão fortes. Na Finlândia, todos se esforçam no sucesso e qualidade das escolas públicas do país.

 

As crianças finlandesas têm futuros brilhantes, adaptadas às suas forças e interesses

O sistema escolar finlandês é excepcionalmente bom em garantir que estudantes completem o ensino médio; 93% dos estudantes do país se formam de um colégio acadêmico ou vocacional, uma taxa que é significativamente maior do que muitos outros países desenvolvidos.

Os estudantes finlandeses que terminam o ensino médio sabem que o país vai pagar por toda sua educação de pós-graduação em uma das 8 universidades nacionais da Finlândia, ou um instituto politécnico para graduados profissionais. 66% dos finlandeses dão continuidade ao estudo indo para o ensino superior, uma das mais altas taxas na União Européia.

 

Igualdade entre escolas

Como mostrou a seleção, o conceito de igualdade, muito importante na cultura finlandesa, é uma das razões centrais que suas escolas têm tanto sucesso. Mas a idéia de igualdade dentro do sistema escolar finlandês vai muito além de assegurar que todas as crianças tenham um bom começo na vida e trabalho, com grande foco em ajudar os estudantes com dificuldades a acompanhar. Isso significa não apenas minimizar as diferenças entre estudantes, mas também significa minimizar as diferenças entre escolas, assegurando que todas as escolas no país sejam igualmente fortes.